terça-feira, 20 de maio de 2008

ao tempo


o cacilheiro trás memórias...navegando pra trás e para a frente parece o portugal onde vivemos nunca pára mas raramente anda e nao saí do sitio
o tejo observa como o cristo rei especado à espera para bater palmas ao estouro que faça isto andar.
mas as caganitas de pombo continuam a aparecer mesmo onde nao queremos
é como os pêlos no triz de uma estrela porno
não há cera que o faça crescer para dentro
entre bukakes, camel toes, milfs e galores
lá andam na luta do dia-a-dia
onde de tudo se simula mas já nada estimula
os artistas são muitos a encenação torna-se quase uma arte e o homem...gosta
elas são aquilo que quase ninguem tem
fazem aquilo que não devem e são porcas mas parecem gostar
nada mais são que embalagens de uso rápido para uma masturbação eficiente (ou duas dependendo da pessoa)
tal qual estrelas do cinema e do jet-set enchem-se com macrolane e fingem ter menos 20 e 30 anos para poderem fazer um naughty 18
não muito diferente de muito romero que se vê por aí
que já tem a labia exterior igual à manga de um mágico
e mais assinaturas no fundo das costas que uma carruagem da CP
mas depois de descoberto um caminho fácil nada melhor que o explorar até não dar mais
esticando e esticando cada vez mais a pele
e depois nao podem engravidar que a pele já nao estica mais
parece a paciencia do cavaco para aturar o socrates estica e estica
fica agora a promessa de fazer o proximo post segundo o novo acordo ortográfico que depois de ser aprovado só não me suicidei porque com a nova lei das armas fiquei sem facas de carne em casa

domingo, 18 de maio de 2008

O nosso Fado


os dias que tocam com um dedilhar a imaginação
levam por vezes a pensar na infinita equação
que rege um suave toque proximo de masturbação
o sentido perde-se enquanto tentamos afincadamente
procurar o x que determina o principio do fim
enquanto aleatoriamente lançamos valores inconstantes para o y
julgamos tudo banal e achamos a democracia correcta
enquanto ouvimos Marceneiro no seu improvisar de uma vida
a garganta toca com outras notas
e a viola canta com cordas gastas
o sentido torna-se unico
como o discurso surdo de alguém que não vê
mudamos tudo na tentativa de conseguir acertar em algo
mandamos as esperanças cuidar de nós
tentamos encontrar novos talentos
procuramos carinho num olhar desprovido de respeito
sem alento respiramos mais e mais fundo
inalamos o mal e o cuspir do artista que nos entalam à hora do jantar
batemos palmas ao mediocre que no rege
e acenamos que sim na rebelião do sofá
acomodamo-nos na fralda cheia por baixo de nós
dizendo que podia ser pior
sabendo que também podia ser melhor
é o dia a dia é o viver
onde estão os verdes anos?
onde está a vossa revolução?